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JERÔNIMO DEFENDE QUE LULA COMPENSE REDUÇÃO DO ICMS

Redação - 22/11/2022 11:00 - Atualizado 22/11/2022

O governador eleito Jerônimo Rodrigues (PT) disse torcer para que o presidente Jair Bolsonaro (PL) desapareça enquanto “figura que possa liderar” um movimento político depois que deixar a Presidência no final deste ano. “Quando um líder fica sozinho, ele desaparece. Um líder sempre tem companheiros, parceiros.

Bolsonaro é um homem sozinho, ele não tem time. A capacidade de liderança dele foi destruída pelo seu comportamento, por sua ausência em momentos que o país precisava dele, como ocorreu durante a pandemia.  O Brasil foi vendo que ele não é um líder com a competência que precisamos. Agora, com esses atos antidemocráticos, ele apareceu uma ou duas vezes, com a cabeça baixa. Um líder não pode ser assim. Minha expectativa é que ele não lidere o bolsonarismo ou nenhum movimento. Minha expectativa é que ele possa desaparecer enquanto figura que possa liderar. Não falo como torcedor, mas pelo que estou vendo. Lula é completamente diferente. Mesmo quando estava preso, ele emanava energia de liderança”, declarou, em entrevista ao jornal Valor Econômico.

O petista minimizou a força que o bolsonarismo saiu das urnas, e disse não acreditar que este movimento liderado por Bolsonaro será capaz de voltar à Presidência com o mesmo apoio. “Bolsonaro foi beneficiado por uma parte que não tinha concepção bolsonarista, mas, por não gostar do PT, apostou no bolsonarismo por ausência de uma terceira via. Não dá para negar que existam pessoas com a concepção bolsonarista. Existem essas pessoas protestando em frente aos quartéis pelo país, resistindo de forma irresponsável contra a democracia. Isso não me amedronta. Acho que o bolsonarismo teve quatro anos de vida e os conceitos continuarão por mais alguns anos. Mas não vejo força de voltar da mesma forma com que Bolsonaro chegou à Presidência”, acrescentou.

Jerônimo defendeu ainda que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) compense os Estados pela redução do ICMS sobre combustíveis, quando assumir a Presidência. “É claro que temos a expectativa da devolução daquilo que coube aos Estados. Foi uma ação eleitoreira de Bolsonaro para tentar jogar a população contra os governadores. Estamos cumprindo a lei, mas a expectativa de receber o combinado está posto. O Lula haverá de fazer os estudos e nós não vamos colocar no colo dele essa responsabilidade de imediato. Temos que conversar e ver qual o plano de Lula para os Estados terem uma compensação”, afirmou. 

O governador eleito contou ainda que fez três pedidos para a sua equipe de transição. “Uma delas é a reforma administrativa. A segunda foi um diagnóstico de patrimônio, de obras e de orçamento para que possamos ver o que temos condições de fazer, o que devemos priorizar. E a terceira é um plano de trabalho apontando quais ações serão nossas apostas em 2023. Tenho certeza de que será um ano difícil, mas cuidaremos para ter muita responsabilidade fiscal neste primeiro ano de gestão”, declarou.(TB)

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