A montagem da equipe do presidente eleito, Luís Inácio Lula da Silva, passa por uma ampla negociação, afinal o presidente tem de comtemplar os estados e, além disso, o leque de apoio montado em torno da candidatura presidencial exige que todos os partidos estejam representados.
Mas não é demais lembrar que o tamanho da representação no governo deve estar mais ou menos vinculada ao papel e a importância de cada estado e de cada partido.
Em relação aos estados brasileiros, nenhum deles teve tanta importância para a eleição de Lula quanto a Bahia. Por isso, é justo que esteja bem representada na equipe governamental e, nesse sentido, é natural que os nomes do governador Rui Costa e do senador Jaques Wagner estejam entre os mais cotados entre os ministeriáveis. Como sempre, há colocações no sentido de que a Bahia não poderia ter mais de um ministério. A ideia é esdrúxula. A Bahia pode e deve ter mais de um ministério, afinal, foi o estado que mais votos deu ao presidente. E essa ampla votação foi alcançada sob a liderança do governador Rui Costa, com forte apoio do PT e do PSD. além de outros partidos. Sendo assim, tanto PT quanto PSD devem estar comtemplados na equipe do governo Lula.
É verdade que foi ampla a aliança que elegeu o governador Jerônimo Rodrigues e carreou mais de 70% dos votos da Bahia para Lula, mas entre as principias lideranças responsáveis pelo feito aparecem o governador Rui Costa, o senador Jaques Wagner e o senador reeleito Otto Alencar e todos eles estão credenciados para assumir cargos de primeiro escalão no governo Lula.
Nesse sentido, é plenamente justificável as menções aos nomes de Rui Costa, para o Ministério das Cidades ou Planejamento e mesmo a presidência da Petrobras, mais importante que muitos ministérios. Do mesmo modo que são justificáveis a menção ao nome de Otto Alencar para compor a equipe ministerial, afinal, Otto teve papel fundamental nessa eleição fazendo o PSD da Bahia fechar integralmente com Lula, mesmo estando apoiando outros candidatos em outros estados. E completa a lista de ministeriáveis da Bahia, o senador Jaques Wagner que pelo papel na eleição e pela proximidade ao presidente Lula tem a possibilidade de ocupar um ministério ou ser líder do governo no Senado.
A verdade é que a Bahia tem três presidenciáveis e nada mais merecido pelo papel que teve na eleição do presidente da República.