O prefeito Bruno Reis (União Brasil) está desenhando a nova composição da gestão em Salvador. As mudanças devem atingir todas as secretarias, provocando uma verdadeira dança das cadeiras.
O secretário da Semop, Alessandro Lordello, é um dos que devem deixar a pasta nos próximos dias.
Omar Gordilho, presidente da Limpurb, será indicado pelo PDT para acumular a função junto com a presidência da Limpurb (coisa que ele já fez no passado antes de Lordello assumir). Lordello vai voltar a advogar no escritório de José Eduardo Alckmin, primo do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, em Brasília. Fontes informam ainda que a saída teria sido uma decisão pessoal dele que quer voltar a advogar.
Quem também deve sair é o secretário da Saúde de Salvador, Décio Martins Mendes Filho. Ele deve ir para Brasília com o deputado federal eleito e padrinho político Leo Prates (PDT). Décio é da confiança pessoal de Leo Prates. Foi colocado como subsecretário da Saúde e indicado pessoalmente por ele (e não pelo PDT) para ser secretário quando o parlamentar saiu para concorrer. Além disso, uma das mais cotadas para assumir a pasta é Ana Paula Matos, vice-prefeita.
“É natural que Leo queira que ele assuma uma função no gabinete em Brasília. Mas isso ainda não está decidido e será discutido pelo prefeito. A especulação forte hoje é que Décio pode sair e Ana Paula pode ser a secretária de Saúde. Seria uma forma de impulsionar o nome de Ana ainda mais”, informa um interlocutor. Vale lembrar que Ana Paula sempre foi uma coringa no Palácio Thomé de Souza e já assumiu diversas posições nas gestões de ACM Neto e de Bruno.
Bruno Reis também aguarda o arranjo nacional e estadual para definir a participação do PP na gestão municipal. O partido, que deixou a base do governador Rui Costa (PT) e migrou para o grupo de ACM Neto na Bahia, já ensaia uma volta para o grupo petista. O governador eleito Jerônimo Rodrigues (PT) vem dando declarações de que quer dialogar com partidos da sigla. Nacionalmente, a agremiação também já está praticamente fechada com o presidente Lula (PT).
Partido do centrão, o PP rompeu a aliança com Rui sob a promessa de ocupar a majoritária de Neto. Eles lançaram Cacá Leão ao Senado, sem sucesso. O presidente estadual do partido, João Leão, pai de Cacá, está a um passo de deixar o comando do partido a depender da negociação nacional com Lula.
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