O deputado federal e agora presidente do PL na Bahia, João Roma, apontou um dos erros cometidos pelo aliado ACM Neto (União Brasil) na eleição da Bahia neste ano.
Segundo ele, o principal deles foi ter declarado neutralidade com relação ao pleito presidencial (apesar de, nos bastidores, Neto estar alinhado ao bolsonarismo e ter liberado a base aliada para apoiar o presidente)
“O que aconteceu foi que ACM ficou muito distante. Ele simplesmente colocava como se Bolsonaro fosse radioativo. Porque ele observava que tinha uma rejeição ao nome de Bolsonaro. Ele se prendeu nessa narrativa e não fez o enfrentamento ao PT. Eu manifestei a minha posição em 48 horas após o primeiro turno”, comentou ontem, em entrevista ao Pânico, da Jovem Pan.
“Nas últimas eleições, sempre se teve um certo receio de enfrentar o Lula. ‘Ah, o Lula é muito forte no Nordeste, não se pode falar’, eu acho o contrário. Nós precisamos justamente apontar essas coisas. Cabe aos líderes políticos apontarem que não é a população da região que é a culpada de estar sendo manipulada pela forte estrutura de comunicação do PT. É uma longa caminhada, eleições municipais, estaduais”, emendou.
O novo presidente do PL na Bahia afirmou que a participação nestas manifestações pode prejudicar o presidente Jair Bolsonaro (PL). “Qualquer um de nós que vá a alguma dessas manifestações, estaremos automaticamente responsabilizando o presidente Jair Bolsonaro. É um momento que temos que manter o contato, de alguma forma estar tentando levar informações. Mas, se um personagem, por exemplo, do PL, chegar a uma manifestação dessa, imediatamente vão querer fazer ilação com Bolsonaro, e isso pode prejudicá-lo”, afirmou Roma.
O deputado federal ainda salientou não ser contra os atos, mas repudiou o radicalismo em alguns atos. “Deixando muito claro que manifestações são bem-vindas, e estão garantidas na nossa Constituição. Mas os nossos métodos não são os da esquerda, de danificarem patrimônios, invadem propriedades e obstruem estradas”, pontuou.