O boletim mais recente da Confederação Nacional do Comércio (CNC) traz um dado desanimador para a economia brasileira: 79% das famílias estão endividadas.
A situação é pior para os que ganham menos. Pela primeira vez desde que o balanço é feito, a proporção de endividados entre os consumidores de menor renda ultrapassou a marca de 80%.
As principais dívidas estão vinculadas a despesas básicas, como alimentação, tarifas públicas e habitação. A constante alta das taxas de inflação, que consome, principalmente, a renda já baixa dos mais pobres, contribui para o elevado endividamento das famílias.
O cenário também não é muito positivo para os mais ricos. Entre os lares com renda maior que dez salários mínimos, o número de endividados chega a 76%. Neste grupo, o crescimento foi de sete pontos percentuais em relação a 2021, um recorde.
Junto às dívidas, a inadimplência também cresceu. Atualmente, 10% das famílias brasileiras não têm condições de pagar o que devem.