Entre 9 de setembro e 10 deste mês, as reservas internacionais brasileiras tiveram saldo líquido negativo de US$ 12 bilhões – em torno de R$ 63,48 bilhões.
A queda se aproxima do dobro registrado no período imediatamente anterior – entre agosto e setembro -, quando as perdas somaram US$ 6,2 bilhões (R$ 32,8 bilhões).
As reservas internacionais – em formato de depósitos em moedas, títulos, ouro, entre outros ativos – funcionam como um seguro para o país honrar as obrigações no exterior mesmo em período de choques cambiais. Com o resultado deste mês, as reservas brasileiras somam US$ 326 bilhões (R$ 1,72 trilhão), valor mais baixo desde abril de 2011.
Ao G1, o economista-chefe da Análise Econômica Consultoria, André Galhardo, avaliou que as perdas recentes podem ter relação com a atuação do Banco Central para conter a desvalorização do real. “O governo pode ter utilizado esses recursos para quitar obrigações de curto prazo. O Banco Central também voltou a vender dólar no mercado à vista, o que ajudou a diminuir essa volatilidade do câmbio”. Durante este ano, as reservas brasileiras passaram de US$ 361,4 bilhões, contabilizadas em 3 de janeiro, para os atuais US$ 326,2 bilhões. Apesar da perda de 9,7% do montante que tinha no começo do ano, o Brasil tem uma situação considerada controlada.
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil