Segundo informações divulgadas pela revista Exame a proposta do fundo de investimentos Apollo pela Braskem tem mais chances de vingar.
A publicação considera que a novela sobre a venda das ações da Novonor (antigo grupo Odebrecht) e da Petrobras na companhia petroquímica só não será encerrada agora se houver surpresa na due dilligence, uma investigação detalhada sobre a situação da empresa.
O que sustenta essa projeção seria a melhora em três pontos que desagradaram Novonor e Petrobras nas transações não realizadas: o preço, a correção do preço entre o acordo de compra e o fechamento do negócio e a exclusividade. A Exame destaca que a Apollo botou na mesa um pacote de R$ 47 por ação, mais correção por algum índice geral de mercado ainda não definido (provavelmente inflação) e sem acordo de exclusividade.
Estas condições não são vinculantes – o que obrigaria a Apollo a arcar com estas cifras caso a Braskem e seus acionistas dessem o Ok. A due dilligence deve começar nas próximas semanas e serem concluídas dois meses depois. Em seguida seria apresentada a oferta vinculante. O valor por ação apresentado representaria uma avaliação de R$ 37,5 bilhões pela Braskem.
Outro motivo da chance de sucesso da oferta da Apollo seria o fato de ela não impor aos credores que possuem as ações como garantia nenhum tipo de corte na dívida. Estas operações foram feitas com os bancos Itaú, Bradesco, BNDES, Banco do Brasil e Santander e somaria, considerando juros, cerca de R$ 14,3 bilhões. A Petrobras também estaria mais simpática a essa oferta e a esse comprador, mais do que aos demais interessados — o grupo J&F e a Unipar – pelo fato de a oferta não ser por 100% do negócio.
Foto: Divulgação/Braskem