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CARTÃO DE CRÉDITO RESPONDE POR 30% DAS DÍVIDAS, MOSTRA BC

Redação - 07/10/2022 07:45 - Atualizado 07/10/2022

O Banco Central divulgou nesta quarta-feira, 5, um boxe com uma análise do efeito da mudança no layout da fatura de cartão de crédito no âmbito do Relatório de Economia Bancária (REB) de 2021.

O documento na íntegra será publicado na quinta-feira, 6, às 8 horas. No boxe, o BC mostra que a alteração na forma como as informações são disponibilizadas na conta do cartão tende a aumentar o grau de entendimento e pagamento dos consumidores, conforme os resultados de um experimento realizado com uma amostra aleatória e controlada.

O cartão de crédito é um meio de pagamento muito utilizado no Brasil. Segundo o órgão, em 2021, cerca de 65 milhões de pessoas (quase 40% da população adulta) realizaram mais de 200 milhões de operações mensalmente. Em média, as famílias têm cerca de 30% de suas dívidas com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) relacionadas ao cartão de crédito, considerando as modalidades à vista, parcelada e de rotativo.

O BC destaca que a utilização “desatenta” do cartão pode “custar caro” ao consumidor, uma vez que, quando não se paga a fatura inteira, a dívida derivada do crédito rotativo ou da opção de parcelamento terá as taxas de juros mais caras do País, que ultrapassam 300% ao ano. Essas modalidades mais caras, ressalta a autarquia, são mais utilizadas por pessoas com renda inferior a dois salários mínimos. “Além da desatenção, a complexidade do produto, o baixo nível de letramento financeiro dos usuários e as faturas confusas são alguns dos fatores que podem resultar na utilização indesejada do crédito rotativo ou parcelamento.”

Foto: divulgação

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