O presidente da Associação dos Hospitais e Serviços de Saúde da Bahia (AHSEB), Mauro Adan, disse ao Bahia Econômica que o pagamento do piso salarial da enfermagem não fica viável por parte das instituições de saúde privadas sem a apresentação de uma fonte de custeio.
De acordo com levantamento da AHSEB, o impacto para as instituições de saúde da rede privada do estado será de 60% da folha de pagamento, com a aprovação e efetivação do piso da categoria.
“No nosso caso, a principal fonte de financiamento é a desoneração da folha. Isso é muito importante para que a gente possa cumprir essa Lei. Caso as insituições sejam obrigadas a cumprir o piso, sem a fonte de custeio, o que vai ocorrer é o fechamento de 20 mil leitos no Brasil e cerca de 80 mil trabalhadores demitidos, além de desassistência em saúde para muitos brasileiros”, explica Mauro Adan.
O presidente ainda destaca o impacto em especial para os usuários do sistema de saúde suplementar, com risco de colapso do Sistema Único de Saúde (SUS), que tem mais de 50% de atendimento feito por empresas privadas.
“Se essas empresas demitirem pessoas e fecharem leitos por falta de condição finenceira, infelizmente a população também sentirá a redução da assistência. E teremos mais pessoas na fila do SUS”, acrescenta Mauro Adan.
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