A rede estadual de ensino alcançou o melhor Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) para o Ensino Médio da série histórica, ou seja, desde o ano de 2005, quando o indicador foi implantado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais do Ministério da Educação (INEP/MEC).
Em 2005, era de 2,7 e chegou a 3,5, em 2021, de acordo com os dados divulgados pelo INEP, nesta sexta-feira (16). O crescimento é de 30%.
Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, o IDEB da rede estadual saiu de 2.6, em 2005, para 6,0, ultrapassando a meta prevista para 2021. O crescimento é de 131%. Nos anos finais do Ensino Fundamental, a rede estadual saltou de 2.6, em 2005, para 4,5, em 2021, com a melhor nota da série histórica no IDEB. O crescimento é de 73%.
O secretário da Educação do Estado, Danilo Melo, disse que o resultado positivo é fruto dos esforços do governo e de todos que se dedicam à Educação. “É importante reconhecer, também, o mérito dos professores, gestores e estudantes que se empenharam, bem como das famílias que compreenderam e reconheceram ainda mais a importância da escola e da diferença que ela faz na vida dos seus filhos e filhas”, comentou.
O governo do Estado adotou uma série de estratégias para apoiar os estudantes e as famílias nos períodos mais crítico da pandemia. Uma dessas iniciativas foi a realização do ano letivo continnum 2020/21, iniciado em 15 de março de 2021, com o ensino 100% remoto, e que passou, ao longo do ano, para os formatos híbrido e 100% presencial.
Os estudantes tiveram o acompanhamento dos professores nas salas virtuais do Google ou por meio de outras ferramentas, como WhatsApp e Chatclass Bahia, onde foram disponibilizados os exercícios e conteúdo das matérias. Os estudantes que não tinham acesso à internet puderam ir à escola para pegar o material impresso, usar o wi-fi da escola e interagir com os professores. O Estado também lançou a TV Educa Bahia, no dia 1º de março de 2021, com sinal digital, para a transmissão de videoaulas e programação exclusiva.
Um guia de Orientações Gerais para as Redes de Ensino da Bahia também foi elaborado, em regime de colaboração, com os municípios e o Conselho Estadual de Educação da Bahia, destinado às diversas escolas estaduais e municipais para a manutenção dos vínculos dos estudantes com as respectivas escolas.
Assistência Estudantil
Por meio do Programa Estado Solidário, foram desenvolvidos programas de assistência estudantil, de transferência de renda e de qualificação profissional, visando apoiar os estudantes e suas famílias e manter o vínculo com a escola.
Vale-alimentação estudantil – Criado em abril de 2020, o Programa Vale-alimentação Estudantil (PVAE) concedeu um auxílio financeiro de R$ 55 por parcela para todos os estudantes matriculados na rede estadual de ensino (cerca de 900 mil), durante a suspensão das aulas presenciais, com investimentos de R$ 316 milhões de recursos próprios do Estado.
Mais Estudo – O Programa Mais Estudo proporciona monitoria estudantil em Língua Portuguesa, Matemática e Educação Científica, visando fortalecer as aprendizagens. Cada estudante monitor recebe uma bolsa de R$ 100 por mês e realiza a monitoria no turno oposto ao qual está matriculado. Os recursos destinados para as bolsas também são oriundos do Tesouro Estadual.
Bolsa Presença – Instituído em março de 2021, o benefício foi destinado às famílias de estudantes regularmente matriculados em unidades escolares da rede estadual; cadastradas no CadÚnico; e em condições de vulnerabilidade socioeconômica. O programa tem como objetivo assegurar que os estudantes permaneçam na escola, assegurando R$ 150 por mês, acrescido de R$ 50 a partir do segundo estudante matriculado na rede estadual de ensino. Em 2021, os recursos disponibilizados pelo governo do Estado chegaram a R$ 469 milhões. O investimento previsto, em 2022, para o Bolsa Presença é superior a R$ 675 milhões, com recursos próprios do Estado, e deverá contemplar 301 mil famílias e 341 mil alunos. No mês de dezembro de 2021, o Governo da Bahia sancionou uma nova lei, a de nº 14.396, cujo projeto de lei foi aprovado pela Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), tornando o Bolsa Presença uma política permanente de Estado.
Educar para Trabalhar – Lançado em março de 2021, o Programa Educar para Trabalhar também faz parte das estratégias adotadas no período da pandemia, com foco na qualificação profissional dos estudantes. Foram ofertadas 200 mil vagas gratuitas de 44 cursos de qualificação profissional ou de Formação Inicial e Continuada (FIC), na modalidade de ensino não presencial de Educação à Distância (EAD) de 10 Eixos Tecnológicos.
Foto Carol Garcia