Estudantes da Universidade Federal da Bahia (Ufba) sofreram com dois incidentes ocorridos nesta terça-feira (30) e na segunda (29) em duas unidades federais. A Faculdade de Ciências Contábeis (FCC) informou hoje, em nota divulgada pela direção, que as aulas na instituição foram suspensas por conta de uma instabilidade no abastecimento de água da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa). Já na Faculdade de Direito, na noite de ontem, um professor precisou dar aula no estacionamento por conta da falta de luz.
“Devido à reiterada instabilidade no abastecimento de água da Embasa na nossa unidade, impossibilitando manter as condições sanitárias essenciais ao funcionamento (banheiros sem água), informamos que nesta terça-feira, dia 30 de agosto, estarão suspensas as atividades acadêmicas e administrativas presenciais na Faculdade de Ciências Contábeis da Ufba”, diz o comunicado divulgado pela FCC, localizada no bairro do Canela.
Os alunos da unidade reclamam do problema e afirmam que a falta de água e também de energia é frequente na unidade. “É a quinta vez que isso acontece, duas vezes ficamos sem água e três vezes ficamos sem luz. Lembro que uma vez faltou energia por conta de um roubo de cabos de cobre”, relembra o estudante Matheus Aquino, de 19 anos. Matheus afirma que a FCC não enviou um comunicado formal sobre a suspensão das aulas no e-mail dos alunos e que eles ficaram sabendo por conta de boatos que foram se espalhando. Ele explica ainda como os incidentes prejudicam os estudantes da unidade.
“O maior ponto negativo disso é que a gente fica sem aula. Se a faculdade comunicasse os ocorridos formalmente, a gente poderia tentar fazer uma aula online. Além disso, nem todo mundo consegue olhar as mensagens que nós alunos mandamos em grupos e redes sociais, então eles acabam se deslocando, saindo de casa para ir até a instituição, mas descobrem já lá que não terá aula”, finaliza. Já o estudante Vinicius Alves, 20, conta que foi até a faculdade por volta das 7h no último dia 22 e os administradores informaram que a unidade estava sem luz desde sábado, mas a instituição não informou o ocorrido previamente. “Muitos professores deram aula mesmo sem água. Eu tive uma aula e depois fui liberado para aulas virtuais”, afirma. “Isso impacta muito a gente, até porque os professores têm um cronograma certinho e isso acaba sendo quebrado”, acrescenta. (Correio)
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