O prefeito Bruno Reis (União Brasil) criticou a postura do presidente Jair Bolsonaro (PL), em relação aos servidores da saúde e elogiou a celeridade da Justiça na decisão de anular os atos da câmara municipal. “A decisão anula todos os atos. Se o presidente da Câmara (Geraldo Jr.) não respeita decisão judicial, não cumpre, a prefeitura respeita e irá cumprir.[…] Era necessário, gente, 22 votos contrários. Tinham 22 presentes na sessão e o presidente não vota. Então tinha 21 votantes. Desses 21, sete e o líder (do governo na Câmara) Paulo Magalhães Jr. (União Brasil) anunciaram que votariam contra a derrubada dos vetos. Portanto tinha 13 votos, era necessário 22”, disse o prefeito.
Em contato com a imprensa, Bruno Reis destacou, ainda, que no regimento da Câmara Municipal de Salvador está a vedação expressa no artigo 188. No texto, segundo ele, “o vereador não pode nem dar, nem legislar sobre aumento de vencimento dos servidores”. “O mérito que ainda não foi nem atacado. Não tem como prosperar”, acrescentou. A lei, no entanto, foi promulgada pela Câmara. Segundo o subprocurador-chefe da Casa, Ícaro Rocha, a ação judicial perdeu o objeto, pois a “publicação automatizada do Diário Oficial contendo a promulgação do artigo vetado ocorreu, conforme sistema, às 09h57min59seg da manhã, ou seja, de forma antecedente à ciência da ordem judicial”. O subprocurador salientou, ainda, que “a discussão deve agora se pautar por meio de uma ação direta de inconstitucionalidade, que poderá ser proposta pelo prefeito, caso ele assim entenda”.
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