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OSID INAUGURAM CENTRO DE PESQUISA EM CÂNCER NESTA SEXTA (12)

Redação - 12/08/2022 07:33 - Atualizado 12/08/2022

As Obras Sociais irmão Dulce inauguram nesta sexta (11) o Centro de Pesquisa Oncológica. Primeiro desse tipo totalmente voltado para pessoas atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em Salvador, o centro fica localizado no terreno do antigo abrigo de idosos, Dom Pedro II, na Cidade Baixa. Quando a pesquisa clínica começar, os pacientes que atenderem aos critérios de pesquisa poderão testar tratamentos em primeira mão, sendo acompanhados de perto por uma equipe especializada.

Um dos objetivos do centro de pesquisa das Osid é testar novos tratamentos em pacientes reais. Para isso, as indústrias farmacêuticas que desenvolvem novas drogas contra o câncer fazem parcerias com o centro e a partir daí um protocolo é desenvolvido e os pacientes são submetidos aos procedimentos.

A expectativa é que até o final do ano, entre seis e 10 protocolos de tratamento já estejam em desenvolvimento na unidade. O centro de pesquisa ampliará o acesso de pacientes do SUS ao que há de mais novo nos estudos contra o câncer, mas também será aberto ao público em geral. Como as Osid já possuem uma unidade de alta complexidade em oncologia que atende pacientes diversos, os que se encaixarem no perfil do tratamento experimental poderão ser encaminhados para as pesquisas clínicas.

Pacientes adultos

Para se encaixar no perfil de paciente que será atendido no centro de pesquisa, é preciso ser adulto e os tumores devem ser sólidos. A coordenadora do centro, Tiana Carvalho, explica que esses tumores são os palpáveis: “Tumores sólidos são aqueles que atingem órgãos, como próstata, mama, cabeça e pescoço, pulmão…Já os tumores líquidos estão relacionados ao sangue, como linfomas e leucemias”.

Ainda não é possível saber quais tipos de câncer poderão ser submetidos aos tratamentos desenvolvidos, uma vez que nenhum protocolo foi iniciado ainda. Mas a médica Lívia Andrade explica que tumores de mama e próstata devem constar porque já são pesquisados amplamente em diversos países. “Devemos trabalhar com protocolos internacionais patrocinados por indústrias farmacêuticas e que são submetidos em todo o mundo”, diz.

O foco do centro deverá ser a imunoterapia, tratamento dirigido que visa combater o câncer através da ativação do próprio sistema imunológico do paciente. “Na oncologia, nós utilizamos drogas as mais diferenciadas e modernas e aí entra a imunoterapia, que tenta estimular o próprio sistema imunológico. A terapia convencional faz o trabalho dela, mas infelizmente acaba lesando células sadias também”, explica a oncologista Lívia Andrade.

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