Mesmo sabendo que a inflação será um grande problema para o país em 2023, o ministro da Economia, Paulo Guedes, está confiante que o Brasil vai crescer 2% em 2022. A afirmação foi feita durante evento que marca a posse do novo presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). “O Brasil vai crescer 2% mesmo com juros mais alto. Então, tem um elemento estrutural aí. Não tem como o Brasil não crescer, o país está condenado a crescer. Pode ser com uma inflação um pouco mais alta, mas vai crescer”, disse.
Guedes relacionou a parte fiscal e a política monetária do Brasil com a de outros países, em meio ao cenário de elevação de juros nos Estados Unidos e na Europa,como alternativa para conter a inflação. Nos últimos meses, o Banco Central brasileiro elevou a taxa Selic 11 vezes, onde atualmente está em 13,25% ao ano, com possibilidade de, pelo menos, mais uma alta na próxima reunião em agosto. “Tanto o fiscal como o monetário nosso já estão no lugar, enquanto lá fora eles não estão nem na metade do caminho”, declarou Guedes.
O ministro ressaltou a queda da inflação no Brasil e a diminuição no índice de desemprego no país e declarou que haverá recorde de emprego até o fim de 2022.“Pela primeira vez teremos mais de 100 milhões de brasileiros trabalhando até o fim do ano. Estamos criando mais empregos que a economia americana”, pontuou. O ministro concluiu afirmando que o Brasil “tem uma oportunidade extraordinária de se revolucionar e ter reindustrialização” com energia barata, além de ser a segurança alimentar e energética do resto do mundo.
“A Europa precisa da gente para a segurança energética. E os europeus, os americanos e os asiáticos precisam do Brasil para garantir a segurança alimentar”, afirmou. Para Guedes, “estamos em um momento em que o mundo está em crise e o Brasil está saindo de um momento muito difícil, graças ao trabalho de todos”, concluiu.
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