O prefeito de Simões Filho é acusado de intolerância religiosa. Em meio a uma polêmica, após dois anos em reforma, o Mercado Municipal de Simões Filho, região metropolitana de Salvador, voltou a funcionar. Permissionários que teriam ficado de “fora” do novo espaço, denunciam o prefeito Diógenes Tolentino (Dinha) (MDB) após o gestor “rebatizar” o local com o nome “Jeová Jireh”.
Segundo os antigos funcionários o prefeito teria usado da “crença pessoal” para decidir a mudança na nomenclatura. Outra queixa é a dos antigos permissionários, atualmente sem a renovação da continuidade de explorar o espaço, já que, de acordo com eles, não tiveram a nova permissão por “comercializarem produtos de uso das religiões de matriz africana”, como folhas e outros insumos.
“Não há justificativa para alguns permissionários ficarem de fora. Os que foram atingidos são justamente aqueles que comercializavam produtos das religiões de matriz africana. Um total desrespeito ao povo de santo”, disse um dos permissionários que não quis se identificar.
A Câmara de Vereadores da cidade já havia, inclusive, aprovado o Projeto de Lei, para que o nome do Mercado Municipal, homenageasse José Décio de Andrade, pai do vereador Adailton Caçambeiro (PSDB).