O forte crescimento da produção industrial da Bahia em maio/22 frente a maio/21 (26,0%) se deu por conta do avanço registrado pela indústria de transformação (29,5%), que cresceu pelo terceiro mês consecutivo. Por outro lado, a indústria extrativa voltou a cair (-17,9%), após ter apresentado estabilidade em abril (0,0%). Houve altas na produção em 7 das 11 atividades da indústria de transformação investigadas separadamente na Bahia. A fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (211,7%) foi quem apresentou o avanço mais representativo para o resultado positivo do estado de uma forma geral, seguida pela preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (29,0%).
O segmento de derivados do petróleo tem o maior peso na estrutura industrial da Bahia e apresentou o seu nono resultado positivo consecutivo. Em maio, a atividade registrou o segundo maior crescimento desde o início da série histórica, em 2003, e o melhor resultado em 12 anos, desde o recorde registrado em abril de 2010 (212,3%). Porém, o maior aumento absoluto foi registrado pela fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (375,7%), que apresentou o seu melhor resultado na série histórica, embora tenha um peso menor na estrutura industrial baiana.
Por outro lado, houve quedas em 4 das 11 atividades da transformação, sendo as mais relevantes na metalurgia (-33,5%) e na fabricação de outros produtos químicos (-7,7%). Mostrando a nona retração consecutiva na comparação com o mesmo mês do ano anterior e com a maior queda do estado em maio, a metalurgia acumula recuo de 29,5% em 12 meses. Já a fabricação de outros produtos químicos voltou a cair após dois resultados positivos e apresenta retração de 2,6% nos últimos 12 meses.
Porém, o setor com a maior queda no acumulado nos 12 meses encerrados em maio é o da fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias, que apresenta recuo de 92,6% na comparação com os 12 meses anteriores.