Enquanto o Esporte Clube Bahia, que já foi uma S.A – Sociedade Anônima quer voltar a ser, e o Esporte Clube Vitória, que ainda é, registrou um enorme prejuízo em 2021. O Bahia deixou de ser S.A em 2005 e para isso teve de assumir uma dívida de R$ 40 milhões. O Vitória não conseguiu fechar sua S.A e hoje o próprio Esporte Clube Vitória detém 51% de participação no Vitória S/A.
O problema é que o Vitória S/A, mesmo sem estar operando, deu um prejuízo em 2021 de R$ 2,7 milhões e ainda tem uma dívida descoberta de R$ 75,8 milhões (patrimônio líquido negativo). As informações foram publicadas no balanço da empresa nesta quarta-feira no jornal Tribuna da Bahia. A própria empresa que assina o balanço levanta “dúvida significativa quanto à capacidade de continuidade operacional da companhia”.
O Vitória S.A. (“Companhia”) foi constituído em 4 de março de 1998 por Paulo Carneiro tendo como controlador, detentor de 51% do Vitória S.A, o Banco Exxel. Em 2004, em uma operação questionável, o Exxel conseguiu vender os seus 51% de participação no Vitória S/A para o próprio Esporte Clube Vitória. Em 2006, o Vitória S.A suspendeu suas atividades operacionais, embora o seu patrimônio líquido já estivesse negativo.
Atualmente o Vitória S.A não possui atividades operacionais, possui apenas as receitas oriundas da loteria Timemania da Caixa Econômica Federal (CEF), as quais são administradas pelo acionista Esporte Clube Vitória e repassadas diretamente para a Receita Federal do Brasil (RFB) para quitação dos parcelamentos tributários. O problema é que anualmente o Vitória S.A continua gerando prejuízos.