Segundo dados do relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) até o final do ano mais 8,9 milhões de jovens correm o risco de ingressar no trabalho infantil, segundo a organização. Ou seja, a realidade dos mais carentes mostra uma desigualdade de oportunidades de acesso à educação, trazendo um outro problema como consequência: a evasão escolar.
No Brasil, em 2021, cerca de 244 mil crianças e adolescentes entre 6 e 14 anos estavam fora da escola, segundo relatório do Todos Pela Educação. A estimativa indica um aumento de 171% em comparação a 2019, quando 90 mil crianças não estavam estudando. A necessidade de trabalhar cedo levou 39,1% dos jovens brasileiros a abandonarem a escola, seja por pressão dos pais ou iniciativa própria para ajudar a família. Para reverter essa situação, diversas iniciativas estão sendo adotadas por educadores, instituições de ensino, iniciativas públicas e privadas como estratégias.
Nos últimos quatro anos houve aumento de 8,4 milhões de crianças e adolescentes trabalhando. O relatório Child Labour: Global estimates 2020, trends and the road forward (Trabalho infantil: Estimativas globais de 2020, tendências e o caminho a seguir – disponível somente em inglês) aponta que 79 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos realizam trabalhos perigosos que podem prejudicar a saúde, segurança ou sua moral. Além do que, quase 28% das crianças de 5 a 11 anos e 35% dos meninos e meninas de 12 a 14 anos nessas condições estão fora das escolas.
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