Após entrarem em estado de greve na última quinta-feira, 19, os professores da Rede Municipal de ensino de Salvador fizeram, na manhã desta terça-feira, 24, uma manifestação em frente à Secretaria de Gestão, na Carlos Gomes. Ainda nesta tarde está prevista uma ocupação da Tribuna Popular na Câmara Municipal de Salvador.
A greve aprovada em 16 de maio abrande 7.600 trabalhadores e afeta o funcionamento das 429 escolas municipais. Mais de 163 mil alunos são impactados com a paralisação, que não tem data para terminar. A Prefeitura de Salvador diz que já cumpre o piso salarial da categoria, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). A Secretaria Municipal de Educação (Smed) segue afirmando que os 33,24% de reajuste pedido pela categoria é impraticável.
“Sempre mantivemos diálogo aberto com a categoria e agora estamos em uma posição de tranquilidade. Além de oferecermos um reajuste de 11,37%, atendemos aos 13 pedidos feitos por eles. Então, achamos essa greve completamente desnecessária, ainda mais levando em consideração os dois anos de aulas suspensas por causa da pandemia. No fim, quem sai perdendo nisso tudo são os alunos”, afirmou ao A Tarde.
Entre as reinvidicações da categoria está a equiparação salarial ao piso nacional (que é de R$ 3.845), a alteração no pagamento do auxílio alimentação, a mudança de nível da categoria, valorizando assim profissionais que passaram por capacitação (pós-graduação, mestrado ou doutorado) e a melhoria na qualidade das escolas de forma geral, principalmente quanto a infraestrutura e a qualidade da alimentação dos alunos.
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