Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados nesta sexta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que dos 12 milhões de brasileiros desempregados no primeiro trimestre de 2022, 64% se declaram pretos e pardos. São considerados desocupados aqueles que não estão no mercado de trabalho, podem trabalhar e estão em busca de uma vaga, informa o Ig.
Os dados mostram que a taxa de desocupação atingiu 11,1% da população em idade para trabalhar no país nos primeiros três meses do ano. Pardos são a maioria (50,8%). Em seguida, vêm os brancos, com 34,8%, e pretos, com 13,4%. O número de mulheres desempregadas também é superior ao de homens. No primeiro trimeste de 2022, elas representavam 53,9% dessa população.
Pessoas de 25 a 39 anos de idade (35,9%) também lideram o ranking de desempregados. Em segundo lugar, ficaram os jovens de 18 a 24 anos, com 30,6%. Adolescentes de 14 a 17 anos representavam 7,2% dos desempregados, e pessoas com 60 anos ou mais, 2,5%.
Informalidade
O percentual de trabalhadores sem carteira assinada no Brasil foi de 40,1% nos três primeiros meses de 2022. De acordo com o IBGE, o rendimento médio real dos brasileiros foi estimado em R$ 2.548 no período. O valor é maior do que o apresentado no trimestre anterior, de R$ 2.510, mas menor em comparação com o mesmo trimestre do ano passado, de R$ 2.789.
O chamado desemprego de longa duração, com tempo de espera superior a dois anos, atingia 3,463 milhões de pessoas no primeiro trimestre de 2022, o que correspondia a cerca de 29% do total de desempregados. Trata-se da segunda maior taxa do desemprego de longa duração de toda a série da pesquisa, iniciada em 2012.
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