Por falta de negociação entre o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) e o presidente da instituição financeira, ficou definido que a categoria retorna, a partir desta terça-feira (3), ao estado de greve por tempo indeterminado. De acordo com o presidente do Sinal, Fábio Faiad, as “razões principais foram o descumprimento por parte do presidente do BC em conseguir em abril uma reunião entre o sindicato e o ministro [da Casa Civil] Ciro Nogueira, a não apresentação de uma proposta alternativa aos 5% e a não apresentação de uma proposta sobre a parte não-salarial de nossas demandas”.
Os servidores da autoridade monetária estiveram em greve do dia 1 de abril até o dia 19, quando decidiram converter a paralisação em uma operação padrão. Eles reivindicavam reajuste salarial de 27% já no primeiro semestre deste ano. Na mesma linha, no final da semana passada, as categorias policiais federais divulgaram uma dura nota reafirmando a interpretação de que o presidente Jair Bolsonaro (PL) quebrou o compromisso feito com eles no ano passado, quando prometeu reestruturar as carreiras e até reservou R$ 1,7 bilhão no Orçamento para isso.
Mais recentemente, Bolsonaro, diante da reação dos demais servidores, recuou dessa promessa e acenou com um reajuste linear de 5% para todo o funcionalismo. Uma solução que não agradou as demais categorias e desagradou profundamente os policiais. Esta semana, estão previstas assembleias dos policiais para definir se avançam para paralisações e outros atos.
Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil