Em reunião nesta quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro pediu à equipe econômica para elaborar a proposta de um aumento linear de 5% para os servidores públicos federais, de acordo com fontes do governo. Com a proposta em mãos, Bolsonaro deve anunciar nos próximos dias a concessão do reajuste abaixo da inflação e linear, para todos os servidores. Técnicos do Executivo, porém, ressaltam que o presidente é imprevisível e sempre pode ordenar uma mudança de rumo de última hora.
A decisão por um reajuste de 5% foi tomada numa reunião entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o próprio Bolsonaro no Palácio do Planalto. O governo quer anunciar o quanto antes a medida para aplacar os movimentos de servidores, que deflagraram greves e manifestações. À noite, ao deixar o Ministério da Economia, Paulo Guedes foi questionado se a notícia sobre o reajuste procede.
O reajuste não será restrito aos servidores civis. De acordo com fontes do governo, os militares também receberão o aumento de 5%. Os militares tiveram reestruturação nas carreiras em 2019, gerando aumento em algumas patentes e ampliação de gratificações. Isso ficou ligado à reforma das regras de aposentadoria desse grupo. O impacto nas contas públicas dependerá da data da vigência do reajuste. Caso comece em julho, referente à folha de junho, o custo extra seria de R$ 6,3 bilhões neste ano.
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