Dirigentes do Ministério da Economia já preveem atritos entre o presidente da República, Jair Bolsonaro, e o futuro presidente da Petrobras. Segundo o colunista Igor Gadelha, do site Metrópoles, os auxiliares do ministro Paulo Guedes veem no engenheiro José Mauro Coelho um perfil semelhante ao do antecessor, o general Joaquim Silva e Luna.
O próprio Silva e Luna classificou Coelho como “excelente escolha”. O militar saiu da companhia por atritos com Bolsonaro, especialmente por causa da política de preços, baseada na cotação internacional do petroleo e no câmbio do dólar frente o real. Após a demissão do general, Paulo Guedes procurou se afastar – nas declarações públicas – da escolha pelo novo comando da companhia.
Próximo do ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, José Mauro Coelho já defendeu a política de paridade de preços dos combustíveis com o mercado internacional. Sua indicação – ocorrida após a desistência de Adriano Pires e da recusa do ex-presidente da ANP, Décio Odone – deve ser chancelada na quarta-feira (13), em Assembleia Geral Ordinária dos acionistas da petrolífera, que tem controle da União.
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