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IRMÃ DE ADRIANO DIZ QUE PLANALTO OFERECEU CARGOS POR MORTE

Redação - 06/04/2022 16:19

Uma escuta telefônica feita pela Polícia Civil do Rio de Janeiro há dois anos mostra uma irmã do ex-policial militar Adriano Magalhães da Nóbrega acusando o Palácio do Planalto de oferecer cargos comissionados em troca da morte do ex-capitão, que foi encontrado e morto em operação na Bahia.

“Ele já sabia da ordem que saiu para que ele fosse um arquivo morto. Ele já era um arquivo morto. Já tinham dado cargos comissionados no Planalto pela vida dele, já. Fizeram uma reunião com o nome do Adriano no Planalto. Entendeu, tia? Ele já sabia disso, já. Foi um complô mesmo”, disse ela na gravação autorizada pela Justiça.

Adriano foi morto em 9 de fevereiro de 2020 após mais de um ano foragido sob acusação de comandar a maior milícia do Rio de Janeiro. Ele também era suspeito de envolvimento no esquema da “rachadinha” no antigo gabinete do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na Assembleia Legislativa fluminense.

Bolsonaro tem vínculos com Adriano ao menos desde 2005, quando num discurso na Câmara dos Deputados criticou a condenação do então tenente da PM em razão da morte de um flanelinha numa operação policial. Dois anos depois, em 2007, a então mulher do ex-PM, Daniella Mendonça, foi empregada no gabinete de Flávio na Assembleia do Rio. Em 2016, foi a vez da mãe de Adriano assumir um cargo no mesmo lugar. As duas também são acusadas de envolvimento no caso da “rachadinha”. As informações são da Folha de S. Paulo.

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