O Banco Central elevou a previsão para o índice inflacionário ofical IPCA de uma variação de 4,7% no acumulado deste ano para alta de 7,1%, no mesmo período. O dado consta do Relatório de Inflação do primeiro trimestre deste ano, divulgado nesta quinta-feira (24). Caso a projeção se confirme, o país vai descumprir o teto da meta inflacionária pelo segundo ano seguido. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é de 3,5%, com tolerância dentro do intervaldo de 2% a 5%. No relatório, a autoridade monetária admite que a probabilidade de estouro da meta é de 88% a 97%.
A previsão do BC considera a trajetória estimada para as taxas de juros e de câmbio neste ano e em 2023 e outras variantes. Se houver queda na cotação do petróleo, o Banco Central espera uma inflação de 6,3%. Mesmo mais baixa do que no cenário tradicional, o cenário alternativo traçado no relatório também indica rompimento da meta. De acordo com o Banco Central, “a principal pressão sobre a inflação ao consumidor no próximo trimestre decorre dos preços de combustíveis, refletindo a recente elevação do preço de petróleo. Os reajustes dos preços de produtos farmacêuticos, que sofrem grande influência da inflação passada, também devem ter importante contribuição”.
O relatório do BC prevê também que os impactos da guerra também devem gerar “alta importante” nos preços dos alimentos. A instituição avaliou que os gargalos nas cadeias produtivas globais de alguns itens tendem a se agravar com o conflito entre Rússia e Ucrânia.Por outro lado, o BC citou fatores que contribuem para a queda dos preços, como o recuo do dólar. Fonte: G1
Foto: reprodução/site do FGV Ibre