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RUI NEGA ERRO EM ROMPIMENTO COM LEÃO E O PP

Redação - 21/03/2022 10:47

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), voltou a comentar sobre o rompimento com o vice-governador João Leão (PP), na manhã desta segunda-feira (21), em entrevista à Rádio 95 FM, de Jequié. Durante a conversa com os jornalistas, Rui explicou as alterações na chapa e confessou que acredita em uma influência da direção nacional do Partido Progressista para a saída de Leão da base. “Da minha parte não houve erro algum. Até janeiro, Jaques Wagner era o nosso candidato e eu tinha feito uma conversa longa com Leão. Estava combinado que terminaríamos o nosso mandato juntos. Isso estava ajustado e combinado com ele.[…] O presidente Lula declarou isso para mim e para ele. Wagner, então, foi para uma reunião com Lula e refletiu que o Lula precisava de um senado forte. Lula está muito preocupado com a eleição de deputado federal, governador e senador. A Dilma foi eleita e os deputados e senadores deram um golpe e tiraram ela. Wagner resolveu então ficar no senado para ajudar o presidente Lula. Nesse momento, conversando com Wagner e o Lula, a gente resolveu perguntar ao senador Otto Alencar se ele gostaria de ser governador. Poucos dias depois ele sinalizou que preferia, também como Wagner, ficar no senado. Infelizmente o PP criou a expectativa de, eventualmente, ter uma hipótese que eu saísse senador e eles sentassem na cadeira de governador. Ele (Leão) disse que eu só tinha duas alternativas: ou renunciava o mandato para o PP sentar na cadeira, ou tiraríamos Otto do senado”, disse Rui.

Ainda durante a conversa, o governador afirmou que em 2018 tinha oferecido a Leão a escolha de disputar uma vaga no Senado. “Nós oferecemos a João Leão o Senado. Nós dissemos a ele: ‘você tem prioridade pra escolher se quer ser vice ou senador’. Em 2018 eu alertei a ele: ‘olha, Leão, leva em conta que em 2022 só vai ter uma vaga de senador’. Como o mandato é de 8 anos, essa vaga já é ocupada por Otto, então o natural é que ele seja candidato a reeleição. Ele (Leão) poderia ter sido senador em 2018, estaria hoje eleito senador, e o mandato dele iria até 2026. Foi ele que escolheu, ele que quis ficar na cadeira de vice. Renunciar eu não iria, Otto quer ser senador, aí ele preferiu romper. Só pude lamentar e ficar decepcionado com essa escolha”, concluiu o petista.

Foto: divulgação

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