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PARA MILITARES, BOLSONARO E ALA POLÍTICA DO GOVERNO QUEREM FORÇAR SILVA E LUNA A PEDIR DEMISSÃO DA PETROBRAS

Redação - 15/03/2022 13:00 - Atualizado 15/03/2022

Militares aliados do presidente da Petrobras, Silva e Luna, avaliam que as críticas de Jair Bolsonaro à estatal – além de ataques dos filhos do presidente à companhia – fazem parte de um movimento para pressionar Silva e Luna a pedir demissão. Integrantes do governo – políticos e militares – afirmam ao blog que, se Bolsonaro demiti-lo em meio às discussões sobre o reajuste dos combustíveis, seria um sinal ruim para o mercado e empresários.

Mas, por causa da pressão da política, Bolsonaro tem atacado a Petrobras em seus discursos – temendo efeito eleitoral do aumento no preço dos combustíveis. Como não tem quem culpar, Bolsonaro elegeu como alvo Silva e Luna – mas militares amigos do presidente da Petrobras afirmam que não só ele não tem intenção de sair, como enxergam dificuldade para indicar um sucessor, hoje, que acalme o ambiente econômico.

Por ora, a estratégia do governo é manter a pressão para tentar “forçar a demissão” de Luna. Se isso não acontecer, o plano B é aguardar a reunião do conselho de administração da Petrobras, em abril, que vai eleger os novos conselheiros da estatal. Paralelamente, a ala política do governo também pressiona Paulo Guedes a conceder já um subsídio para o diesel. Mas, a interlocutores, Guedes tem repetido que prefere aguardar os desdobramentos da guerra Rússia-Ucrânia para tomar uma nova decisão.

Sobre Silva e Luna, Guedes repete nos bastidores que a gestão do presidente da estatal foi uma escolha pessoal do presidente da República – o seu nome, Roberto Castello Branco, foi demitido por Bolsonaro em fevereiro de 2021. Na época, o presidente da República afirmou que não admitiria presidente de estatal que não tenha “visão de social” e elogiou Silva e Luna.

Foto: divulgação

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