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IR: GOVERNO QUER ISENTAR ESTRANGEIROS DE GANHO DE CAPITAL SOBRE TÍTULOS PRIVADOS, DIZ SECRETÁRIO

Redação - 04/03/2022 13:00

O chefe da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida afirmou nesta sexta-feira (4) que a área econômica está finalizando uma medida para isentar os investidores estrangeiros do ganho de capital do Imposto de Renda sobre aplicações em títulos privados. Atualmente, os estrangeiros pagam imposto de 15% sobre ganhos de capital em títulos emitidos por empresas. No caso das aplicações no mercado acionário e nos títulos públicos, não há cobrança.

A expectativa, segundo Sachsida, é que a medida fortaleça o mercado de capitais brasileiro e contribua para atrair mais recursos ao país, como forma de geração de emprego e renda no país. “Verificamos que havia uma assimetria no mercado brasileiro. O não residente, se investir no mercado de ações não paga IR sobre ganho de capitais, e em título público também. Mas se investir em dívida privada, ela paga. O resultado disso é que o mercado de divida privada não se desenvolveu no Brasil”, declarou.

Segundo ele, o mercado de títulos privados é importante em todo mundo. Por isso, disse Sachsida, o ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu que tornasse essa isenção para estrangeiros viável, pois corrigiria uma “assimetria”. Acrescentou que essa medida está sendo “desenhada” pela área econômica.

Guerra na Ucrânia

De acordo com o assessor do Ministério da Economia, esta é uma das medidas que o governo está trabalhando fortalecer o mercado de capitais e de crédito, como forma de dar sustentação à economia brasileira durante a guerra na Ucrânia. “Não sabemos a extensão que tomará esse conflito e o tempo que irá durar. Podemos melhorar e fortalecer nosso mercado de capitais e de crédito (…) Com investimento internacional saindo de alguns países, esse é o momento de o Brasil mostrar a força de nossos marcos legais e nossa robusta agenda de concessões. Nesse momento de instabilidade em algumas partes do mundo, investimento sairá desses locais e virá para outros seguros”, declarou. Segundo Sachsida, o Brasil condenou formalmente na Organização das Nações Unidas (ONU) ataque russo à Ucrânia. “Alguns países se abstiverem de votar na ONU, mas o Brasil não se absteve. Isso mostra que a diplomacia brasileira está alinhada às democracias ocidentais”, afirmou.

Foto: divulgação

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