Em outubro do ano passado, Carlinhos Brown apresentou a música Rua é – composta em parceria com o conterrâneo Pierre Onassis – em single gravado pelo artista baiano com a cantora carioca Marvvila.
Quatro meses depois, Rua é reaparece, em registro fonográfico solo de Brown, no disco que o efervescente tribalista lança na sexta-feira, 18 de fevereiro, pelo selo Candyall Music, com capa que enquadra foto de Lucas Leawry na arte de Ananda Drummond.
Intitulado Sim.Zás, nome que faz trocadilho positivista com a palavra cinzas, o disco simboliza para Brown um ato de resistência na pré-temporada de Carnaval cancelado nas ruas da Bahia e do Brasil por questões sanitárias. “Sim.Zás propõe a rememoração de um Carnaval que, mesmo pedindo silêncio nas ruas, existe em nós e se renova com enorme frescor”, conceitua Brown com o habitual lirismo filosófico.
No disco, além de Rua é, o artista recicla outras cinco músicas de lavra própria. Quatro são assinadas com parceiros como Arnaldo Antunes (Amantes cinzas, samba pós-carnavalesco lançado no álbum Omelete man, de 1998, e revivido em Sim.Zás com suavidade evocativa da bossa do imortal baiano João Gilberto), Junior Meirelles (Paixão de rua, apresentada em single editado em dezembro de 2019), Marisa Monte (Tema de amor, música lançada por Marisa no disco Memórias, crônicas e declarações de amor, de 2000) e Michael Sullivan (Ponto de atravessar, música surgida em 2016).
Música composta somente por Brown e lançada há três anos pela Timbalada no EP Voltamos para casa (2019), Deus é percussão completa o repertório do disco Sim.Zás– a rigor, por ter seis faixas, um EP gravado com produção musical orquestrada por Brown com coprodução do “parceiro, escudeiro fiel e compadre” Thiago Pugas e com os toques dos músicos Dudu Reis no cavaquinho, Felipo Guedes no violão, Jaguar Andrade também no violão e Miguel Freitas no baixo.
Fonte: reprodução/g1