Ao menos 19 categorias de servidores federais ameaçam parar a partir de fevereiro como forma de pressionar o governo a conceder reajustes. Sindicatos do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) aprovaram a paralisação parcial em três dias de janeiro (18, 25 e 26). A mobilização começou em dezembro, inicialmente na Receita Federal e no Banco Central. A Lei Orçamentária Anual de 2022 foi aprovada com a previsão de verba para reajustes apenas de categorias ligadas à segurança pública.
De acordo com levantamento do Fonacate, a possibilidade de paralisação envolve ainda servidores da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), auditores e técnicos da CGU (Controladoria-Geral da União) e do Tesouro Nacional, servidores da Susep (Superintendência de Seguros Privados), auditores do trabalho, oficiais de inteligência e servidores das agências de regulação. Também integram a lista analistas de comércio exterior, servidores do Itamaraty e do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), defensores públicos federais, especialistas em políticas públicas e gestão governamental, auditores fiscais federais agropecuários, peritos federais agrários, além de servidores do Legislativo, do Judiciário e do TCU (Tribunal de Contas da União).
Fábio Faiad, presidente do Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central), afirmou que está mantida a paralisação da categoria no dia 18, das 10h às 12h. Nesta quarta-feira (12), está prevista uma reunião virtual da Unacon (que representa auditores e técnicos federais de finanças e controle) para discutir a suspensão dos trabalhos. Na sexta-feira (14), as demais entidades do Fonasefe (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais) vão deliberar sobre a participação, mas os interlocutores já indicam que haverá adesão. O Fonasefe reúne 30 entidades, como funcionários das áreas de Saúde, Previdência e Assistência Social. Fonte: Uol
foto: Agência Brasil