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PSL FOI O PARTIDO QUE MAIS PERDEU FILIADOS EM 2021; PT, O QUE MAIS GANHOU

Redação - 31/12/2021 14:34 - Atualizado 31/12/2021

Os partidos brasileiros perderam, juntos, mais de meio milhão de filiados no último ano. Entre dezembro de 2020 e novembro de 2021, o número de cidadãos formalmente vinculados a alguma das 36 legendas registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) caiu de 16.654.826 para 16.090.180. A sigla que mais sofreu com a debandada de adeptos, de acordo com os dados oficiais da Justiça Eleitoral, foi o PSL, que até 2019 abrigava o presidente Jair Bolsonaro. Nesse período, seu contingente de filiados caiu de 462.861 para 76.776. Já o PT, do ex-presidente Lula, foi o partido que mais ganhou membros: 62.693 mil ao longo de um ano.

O MDB, agremiação com maior número de correligionários do Brasil, também amargou um encolhimento de seus quadros. Os registros oficiais apontam uma redução de 2.166.048 filiados em 2020 para 2.128.305 em 2021 — uma queda de 37.743 inscritos. Ainda assim, a legenda contabiliza 13,227% do total de eleitores filiados hoje.

As siglas que integram o chamado centrão — consideradas menos ideológicas e que formam a base de apoio do governo — também contabilizaram saídas, à exceção do Republicanos, que ganhou filiados. O PL, por exemplo, partido presidido pelo ex-deputado Valdemar da Costa Neto e que neste ano passou a abrigar Bolsonaro, viu seu contingente cair de 761.640 para 774.205 pessoas. O PP, liderado pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, perdeu 26.450 nomes, assim como o PTB, do ex-deputado federal Roberto Jefferson, que tem menos 26.558 inscritos em comparação aos dados do ano passado.

Na direção contrária, o PT saltou de 1.544.532 eleitores filiados em 2020 para 1.607.225 no ano seguinte. A presidente da sigla, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), atribui o crescimento de 4,059% a um esforço para aumentar o número de inscritos e ao momento político pelo qual passa o país, a pouco menos de um ano da eleição presidencial, marcada para outubro de 2022. — Lançamos este ano uma campanha de filiações ao PT que tem sido bem-sucedida, principalmente pelo resgate dos direitos políticos do presidente Lula. A expectativa em torno de sua candidatura está estimulando a participação política, especialmente da juventude e do povo mais pobre, que vê nele a esperança de mudar o país — afirmou ao GLOBO.

Foto: divulgação

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