O prefeito Bruno Reis (DEM) afirmou nesta quinta-feira, 30, que o transporte público foi considerado o segundo principal problema de 2021 e será o primeiro de 2022. Após a Prefeitura ter assumido o comando das linhas da concessionária CSN, em junho de 2020, as despesas com Mobilidade dispararam, foram R$ 117 milhões, no ano passado, e R$ 200 milhões, em 2021.
O gestor ainda voltou a afirmar que a tarifa não remunera mais o sistema de transporte público dos municípios. Atualmente, a passagem custa R$ 4,40. “Não temos condições, em 2022, de investir no transporte público tudo o que foi investido em 2021. Salvador nunca colocou R$ 1 no transporte público. Nos dois últimos anos foram R$ 317 milhões. É muito dinheiro para a nossa realidade. Precisamos de ajuda do governo federal para conseguir fechar essa conta”, disse Bruno Reis.
Para tentar amenizar o cenário, a Frente Nacional dos Prefeitos está pleiteando R$ 5 bilhões em subsídios para o transporte público. Caso o pedido seja aceito, Salvador vai receber R$ 64 milhões. Para Bruno Reis, o recurso vai ajudar a aliviar o reajuste na passagem, porque o contrato de concessão estabelece correção do valor anualmente e, desta vez, ele pode ser de 10%.
O prefeito reafirmou que tem até maio para tentar fechar a equação dos gastos com o transporte público da capital e o valor das passagens. Com relação à tarifa integrada, ele afirmou que o metrô fica com 61% do valor e o ônibus com 39%. Caso o passageiro pegue dois ônibus, 78% do valor ficam com os ônibus e 22% com o metrô.
Foto: Bruno Concha | Secom PMS