domingo, 24 de novembro de 2024
Euro 6.105 Dólar 5.8319

2022 GERA OTIMISMO NO CAMPO E NA CIDADE

Redação - 16/12/2021 08:45 - Atualizado 16/12/2021

O clima geral é de otimismo no balanço de 2021 e na perspectiva para 2022 em diferentes elos do setor produtivo no estado, com o avanço da imunização e a gradual retomada das atividades presenciais. Nos campos ou nas cidades, nas indústrias, comércios e serviços vigora a esperança de um ano de desenvolvimento social e crescimento econômico, depois dos desafios enfrentados a partir de março de 2020 com a pandemia da Covid-19.

Entre as principais lições citadas por representantes de diferentes segmentos produtivos da Bahia estão a importância do planejamento e do trabalho conjunto para obter melhores resultados na crise, assim como a criatividade e cautela. Em decorrência do pagamento de 13º salário e de gratificações, dentre outros fatores de influência econômica, a tendência natural de final de ano é aumento da circulação de dinheiro com reflexo em setores como comércio e serviços.

“O segmento conseguiu sobreviver melhor em 2021 devido a retomada das atividades, maior controle da pandemia, avanço da vacinação e as pessoas voltando a uma certa normalidade”, afirmou o vice-presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas da Bahia (FCDL), Antoine Tawil. Ele pontuou que os municípios menores e lugares mais afastados sofrem mais que os grandes centros. “Em geral, em todas as regiões, o comércio ainda luta para se recuperar”, disse, ponderando que “o cenário é muito melhor que em 2020, que foi um ano praticamente perdido por causa da crise sanitária”.

Tawil destacou que para 2022 a expectativa é positiva, mas que o setor precisa de regras “que permitam um ambiente de negócios mais próspero, perdão das dívidas para pequenos, oferta de crédito, entre muitas outras ações”. Como mensagem ressaltou que o comércio, como os demais setores produtivos, tem cumprido seu papel na retomada com observação dos protocolos para assegurar um ambiente seguro para todos.

Registrou ainda que “o associativismo nunca foi tão importante para fortalecer o comércio como neste momento. Precisamos estar unidos para conseguir os melhores resultados que todos desejamos”, arrematou. Na mesma linha, o diretor da Câmara de Dirigentes Lojistas de Vitória da Conquista (CDL), Hélio Marques, assinalou que a cidade centraliza 80 municípios (do Sudoeste baiano e Norte de Minas Gerais) e não parou na pandemia.

“Isso foi o resultado de um trabalho entre a gestão municipal, o comércio e a população. Todos participando com sua responsabilidade”, recordou, destacando que embora o município tenha cerca de 350 mil habitantes, a população flutuante é estimada em 2,5 milhões. Apesar das oscilações de movimento desde o início da pandemia, a estimativa é de um final de ano favorável, que recupere a demanda reprimida, com a possibilidade de festas e expectativa de negócios que ultrapassem o final de 2019.

“Vamos para 2022 mais fortes e unidos e isso é positivo”, disse, ressaltando que a previsão de boas chuvas nesta temporada é prenúncio de melhores tempos para o setor produtivo. “Uma das lições da pandemia é a valorização das grandes e pequenas conquistas. Que todos possam olhar para o futuro com alegria e esperança”, asseverou.

Investimento em inovação

“Nossa expectativa é fechar o último trimestre do ano com aumento entre 25% e 30% sobre o mesmo período de 2020”, disse o presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA), Claudio Cunha. Conforme Cunha a pandemia trouxe situações novas. “Todos se recolheram e a casa voltou a ser o centro de nossas vidas”, afirmou, pontuando que as mudanças no modo de vida tiveram reflexo no segmento imobiliário com procura de residências mais espaçosas e imóveis como segunda residência.

Outro ponto ressaltado pelo dirigente foi o investimento da Ademi em pesquisas multidisciplinares sobre o comportamento das pessoas, o que resultou no aumento de lançamentos. Para ele, 2022 é um desafio, “uma expectativa por ser ano eleitoral”. Também citou a elevação da taxa de juros e o aumento da inflação, “que corrói o poder de compra”. No entanto, ponderou que o setor, por ter negócios de médio e longo prazo, tem a expectativa de crescer em torno de 10%.

Ao apontar a importância do mercado imobiliário na geração de emprego e renda nos municípios, Cunha destacou que sua palavra é de otimismo para todo setor produtivo. “Estamos no Brasil, um país com muito ainda por crescer e boas oportunidades para um trabalho com seriedade”, assegurou. Ao avaliar as atividades do campo, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb), Humberto Miranda, também mencionou as dificuldades com juros e inflação, mas resumiu 2021 como um ano exitoso.

“Os produtores procuraram manter as atividades na faixa de produção e produtividade, apesar dos insumos sofrerem aumento absurdo”, reclamou, afirmando, porém, que a expectativa é positiva para 2022 no âmbito do clima, com a influência do fenômeno La Niña. Ele chamou a atenção para a anunciada falta de insumos para o próximo ano no mercado, “principalmente de adubo, o que nos preocupa desde já”, enfatizou. “Somos um setor que continua crescendo, gerando emprego e renda e assim contribuindo com a economia do estado e do Brasil”, apontou.

Miranda acrescentou ainda que o segmento aposta na pesquisa para chegar às variedades mais competitivas, livres de problemas sanitários, bem como na qualificação e capacitação do pessoal que atua na área para utilização de tecnologias que favorecem a agricultura e pecuária.

Foto: divulgação

Copyright © 2023 Bahia Economica - Todos os direitos reservados.