Pessoas próximas ao ex-prefeito soteropolitano ACM Neto (União Brasil) consideraram ontem que não há mais chance de o presidente do Esporte Clube Bahia, Guilherme Bellintani, integrar a chapa da oposição ao governo da Bahia, após o Tricolor cair para segunda divisão do Campeonato Brasileiro.
Anteontem, no Ceará, o Bahia perdeu para o Fortaleza, e foi rebaixado para a Série B. Neto não se manifestou. No entanto, os aliados do ex-prefeito soteropolitano avaliaram à Tribuna que é “impossível” Bellintani deixar hoje o clube para ser candidato a vice-governador da Bahia. O dirigente esportivo “tinha muita vontade” de entrar na corrida eleitoral do próximo ano, segundo os correligionários dele. Mas o primeiro passo seria não deixar o clube cair.
De acordo com pessoas próximas a ACM Neto, o pré-candidato ao governo dizia que Bellintani era “uma das opções” e que era “um dos nomes que considerava com o perfil” adequado para ser o postulante a número 2 do Palácio de Ondina. À reportagem, um aliado do ex-prefeito avaliou que dois temas devem pautar a eleição na Bahia no próximo ano: Educação e Segurança Pública. Como Bellintani foi secretário de Educação de Salvador bem avaliado “seria interessante ter ele no debate”, segundo avaliação deste correligionário do ex-prefeito.
Além disso, o dirigente esportivo era visto como um quadro político que “se comunica bem”. Como gestor da Educação, Bellintani desenvolveu o programa “Agente da Educação” e conseguiu melhorar os números do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) da capital baiana. Depois de o Bahia ser rebaixado, Guilherme Bellintani admitiu que foi o “grande responsável” pela queda do clube. “Toda a raiva e toda a decepção que o torcedor tem comigo é absolutamente compreensível. Eu sou o grande responsável pelo que aconteceu. As decisões são tomadas por mim ou autorizadas por mim. Nada do que eu disser hoje vai mudar o sentimento do torcedor. Eu errei tentando acertar com base nas informações e nos recursos que eu tinha”, declarou o dirigente esportivo.
Bellintani foi eleito presidente do Bahia no fim de 2017, já com o Tricolor na Primeira Divisão. Depois de três anos à frente do clube, ele foi reeleito no ano passado. O segundo mandato dele encerra em 2023. O gestor já vinha sendo muito criticado pelos resultados esportivos. “A gente conhece as pessoas no momento do fracasso, e o torcedor vai ver agora um presidente que assume seus erros, mas também um presidente que pode colocar o Bahia de volta na Primeira Divisão”, salientou Bellintani. (TB)
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