O anúncio do prefeito Bruno Reis (UNIÃO), ontem, sobre o cancelamento do Festival da Virada Salvador mobilizou o trade da capital. O prefeito alegou que a nova variante do coronavírus, batizada de Ômicron e considerada preocupante pela Organização Mundial de Saúde (OMS) levou a administração municipal a reavaliar a realização da festa desse ano, optando pelo cancelamento.
Em entrevista ao Jornal Correio, o secretário municipal de cultura e turismo de Salvador, Fábio Mota, prevê que a receita turística da cidade reduzirá em 40% este ano por conta da não realização do réveillon público. No mínimo, a cidade deixará de arrecadar R$ 71,4 milhões, em comparação ao evento de 2020. O trade turístico também prevê queda na ocupação dos hotéis, que receberam, na última festa, mais de 155 mil pessoas, só entre 30 de dezembro e 3 de janeiro.
De acordo com Fábio Mota, cerca de um terço da receita arrecadada na cidade durante o período do réveillon, advém do Festival Virada. “Setenta por cento da receita de nossa cidade vem do setor de serviços e 30% do turismo. O cancelamento [do réveillon] é muito ruim, porque deixa de circular milhões em nossa economia. Sem a festa, a gente perde muito”, disse. Para minimizar essa perda, o secretário acrescenta que os hotéis devem apostar em festas particulares. “Dentro do limite de três mil pessoas, os próprios hotéis da cidade podem montar suas festas, de forma organizada e seguindo os protocolos”, aconselhou.
Ontem, em entrevista ao portal Bahia Econômica, o presidente da Salvador Destination, Roberto Duran, e o presidente da Federação Baiana de Hospedagem e alimentação, Silvio Pessoa comentaram a decisão do prefeito e acreditam que o setor será impactado com a decisão. (Veja aqui )
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