Um total de 155 estudantes indígenas ou quilombolas da Ufba correm risco de deixar a universidade devido à iminente extinção do Programa de Bolsa Permanência, verba destinada por meio do Ministério da Educação MEC) para auxiliar a parcela mais carente de alunos beneficiados pelo sistema de cotas.
Segundo a coluna Satélite do jornal Correio, O repasse de R$ 900, feito diretamente para os estudantes pelo Fundo Nacional para Desenvolvimento da Educação, foi suspenso no início do ano. De lá para cá, o MEC vem adiando a renovação do programa. Em audiência semana passada com estudantes, o ministro Rossieli Soares disse que pode reativar as bolsas, mas que serão restritas a só 800 alunos das 63 universidades federais do país.
Para minimizar a crise, a Ufba repassa R$ 400 do próprio orçamento aos indígenas e quilombolas. “Esse valor é insuficiente para a sobrevivência deles em Salvador. O corte de bolsas será a derrocada da política de reparação. É um tipo de expulsão”, afirmou a pró-reitora de Ações Afirmativas da Ufba, Carla Maciel.