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‘NÃO ACEITO ULTIMATOS’, DIZ RUI COSTA SOBRE DECISÃO DE REALIZAR CARNAVAL

Redação - 10/11/2021 12:35 - Atualizado 10/11/2021

Nesta quarta-feira, 10, a Câmara Municipal de Salvador (CMS) deu um prazo de cinco dias para que o prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), e o governador da Bahia, Rui Costa (PT), entrem em acordo para a realização do carnaval do ano que vem. A previsão não foi bem aceita pelo gestor estadual, que afirmou não aceitar ultimatos de ninguém.

“Olha, eu não aceito ultimato de ninguém quando se trata de vida humana. Não aceito e não aceitarei ultimato de ninguém. Reconheço a legitimidade de quem é investidor e de quem tem no Carnaval a sua atividade econômica, quem investe em camarotes, blocos, quem teve resultado positivo de R$ 5 milhões, R$15 milhões, acho que isso faz parte da atividade econômica da Bahia, gera emprego, gera renda. Mas, do outro lado, eu tenho 15 milhões de pessoas que eu tenho que cuidar da saúde”, afirmou Rui Costa.

A CMS argumenta que se nenhuma decisão for tomada, o carnaval será inviabilizado por conta da impossibilidade de se conseguir patrocínios para bancar a festa. Onze recomendações foram realizadas pela Comissão Especial de Acompanhamento da Retomada dos Eventos. Dentre elas estão que a decisão sobre a realização do Carnaval seja realizada até o dia 15 de novembro em conjunto pela Prefeitura e o Governo, e que haja uma redução na duração do Carnaval para no máximo sete dias.

Na avaliação do governador, ainda é cedo para decidir a realização do Carnaval. “Nós não vamos anunciar nenhuma festa de forma precipitada. Se anuncia hoje que terá Carnaval, e em dezembro os casos explodem, eu vou ter que cancelar, e eu vou ser processado por vários empresários, alegando prejuízos. Do mesmo jeito que se eu anunciar que não vai ter Carnaval, e em dezembro os números caírem, por que não fazer?”, falou Rui.

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