O mergulhador, músico e escritor Mário Cortizo Andion, 67 anos, o Mario Mukeka, morreu no domingo (7) depois de sofrer um infarto. Ele ainda chegou a ser socorrido para o Hospital Menandro de Farias, em Lauro de Freitas, mas não resistiu.
Mukeka, que nasceu no Rio, veio ainda criança para a Bahia e aqui foi “rebatizado” com o apelido pelo qual ficaria conhecido. Ele se definia como um “pirata”. “Uma feiticeira me disse: você tem algo a resolver no mar”, lembro ele em 2019, quando lançou seu primeiro livro, que reuniu histórias de piratas.
Mário nasceu em junho de 1954, em uma família de imigrantes galegos. O apelido de Mukeka veio em 1973, já em Salvador, depois que foi detido com amigos por conta de uma moqueca turbinada com maconha.
Era época da contracultura em plena ditadura militar e Mukeka chegou a ser chamado de “irreuperável” por um cronista de jornal. A alcunha seria usada anos depois no nome do documentário’Mário Mukeka, o Irrecuperável’, dirigido por Marcela Bellas.
Mas ele transformou o nome Mukeka em sua personage artística, que abrangeu muitas fases. Passou pelas artes plásticas, músico, foi escultor, mergulhador.
Nos anos 1980, conquistou dois Troféus Caymmi, como um dos vocalistas da Gang Bang, banda de rock and roll formada por amigos de longa data.
Mukeka deixa dois filhos e dois netos. O corpo será cremado nesta segunda.
Foto: Sora Maia- Correio