A diretoria do Clube dos Empregados da Petrobrás (CEPE) recebeu uma notificação para que o terreno onde a sede está instalada seja desocupado e devolvido em até quatro meses.
Segundo Dejair Santana, presidente do CEPE, não é a primeira vez em que a estatal entra em contato para a desocupação. “No dia 22 de julho, nós recebemos o preposto do gerente-geral para nos entregar o documento de desocupação da área. Não assinamos a referida documentação, lhe passando o cartão de visitas para entregar ao gerente, aguardando uma ligação para conversarmos sobre o assunto. Não tivemos retorno”, afirmou ao jornal Tribuna da Bahia. Haverá uma assembleia neste sábado (30) para discutir ações que impeçam o encerramento das atividades.
O contrato entre o clube e a Petrobrás era de comodato: embora o terreno fosse da companhia, não havia cobrança pelo uso, uma vez que o objetivo era estimular a criação de mais clubes para os funcionários nas capitais onde a Petrobrás atuava.
O CEPE, também conhecido como Petroclube, começou suas atividades em 1987 num espaço pequeno. Hoje, sua sede está numa Área de Proteção Ambiental (APA) de mais de cinco mil m² em Stella Maris e com uma estrutura que dispõe de quatro campos de futebol, quatro quadras poliesportivas, cinco piscinas, concha acústica, dentre outros equipamentos. A comunidade do bairro era beneficiada por projetos sociais, como escolinhas de futebol, natação e ginástica rítimica; além disso, eram realizadas ações solidárias durante todo o ano.
Para o diretor de comunicação do Sindipetro-BA, Radiovaldo Costa, a medida é “sem cabimento”. O membro da entidade dos petroleiros ressaltou ainda que a maior parte dos investimentos realizados para o bom andamento das atividades do clube foi feito pelos próprios diretores e participantes. “Depois dos anos iniciais, a Petrobrás não fez mais nenhum investimento”, disse Costa à mesma publicação.