Em coletiva de imprensa, o governador Rui Costa (PT) defendeu uma influência do cenário nacional nas eleições estaduais de 2022. “Será muito referenciada pela eleição nacional. Não que vá impor alianças nos estados, mas ela vai influenciar”, afirmou durante cerimônia de assinatura de ordens de serviços para modernização e construção de escolas na capital baiana. Rui também citou a possibilidade da união de partidos, através das federações partidárias, como influência nas alianças nos estados.
“Assim como a busca de cada partido para tentar fazer bancadas. É uma conta que todo mundo faz. A eleição não é só majoritária, mas também dos parlamentares e, tanto os [atuais] parlamentares, quanto os novos candidatos vão tentar estar em legendas que sejam viáveis à eleição”, disse. Na visão do governador, a garantia da vitória na disputa para as vagas na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa “determinará muito” o comportamento de lideranças que pretendem disputar o pleito ano que vem.
“A conta que todos fazem é: ‘vou para um lugar que está todo mundo com votação alta?’ Qualquer um que encostar ali não terá chances e não será eleito e cada deputado que ver sua eleição. O cabra olha para a chapa e diz: ‘Êpa, aqui não vou, porque não terei mais votos do que fulano, beltrano ou ciclano’ ”, analisou, ao citar uma recente conversa com o deputado federal José Rocha, do PL, que garantiu ao líder baiano que não teria chances de o Partido Liberal se unir ao União Brasil, partido que será formado com a fusão do DEM e PSL.
Entretanto, informações divulgadas hoje pelo jornal Folha de S. Paulo dão conta que o PL cogita formar uma federação com o PP. Os dois partidos formam a base fisiológica, conhecida como Centrão, de sustentação ao presidente Jair Bolsonaro no Congresso Nacional. “Zé Rocha me disse que o PL nem sonha com aliança com essa sigla nova que surgiu, que é o velho partido”, despistou o governador. O Partido Liberal, antigo Partido da República (PR), conta na Bahia com quatro deputados federais: Além de José Rocha, Abílio Santana, João Carlos Bacelar e Raimundo Costa. Na Assembleia Legislativa da Bahia, o partido conta com o deputado Vitor Bonfim, que integra a base de sustenção do gestor petista.
Foto: Divulgação / GovBA
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