Uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Diretores Lojistas (CNDL) aponta que na maior parte das vezes (46%), o cartão de crédito é usado para fazer compras pela internet. Já 44% usam quando não estão com dinheiro para pagar à vista e 37% se o valor da compra for elevado. Outros 24% disseram utilizam o cartão em quase todas as compras, independentemente do valor do bem adquirido.
A pesquisa também constatou que mais da metade dos gastos realizados com cartão de crédito (54%) são para comprar roupas, calçados e acessórios ― percentual que aumenta para 60% entre as mulheres. Em seguida vêm os eletrônicos (44%), as compras de supermercado e alimentos para a casa (43%) e itens de farmácia (40%).
O estudo mostra também que o uso do cartão de crédito já está difundido no Brasil. Nos últimos 12 meses, 67% das pessoas realizaram alguma compra utilizando esse meio de pagamento e 68% o fazem pelo menos uma vez por mês. Na opinião desses entrevistados, as principais vantagens de seu uso são a possibilidade de parcelar o valor dos gastos (17%), segurança de não andar com dinheiro no bolso (16%) e fazer compras mesmo sem ter recursos disponíveis no momento (15%). Na contramão, 30% afirmaram não ter utilizado essa forma de crédito no período.
Apesar da praticidade, 84% dos usuários de cartão concordam que há riscos em ter um cartão de crédito, sendo que os mais destacados são a possibilidade de clonagem (38%) e a perda no controle dos gastos (33%). Em média, cada usuário entrevistado possui dois cartões, sendo que grande parte não paga taxa de anuidade (45%). Outro dado que chama a atenção é o número de pessoas que controla os gastos mensais com o cartão (67%) — muitos por meio de aplicativos de celular (22%) ou por meio de anotações em papel (22%). Já um terço (30%) reconhece não fazer controle dessas despesas.
Entre as pessoas ouvidas, 46% contam que nunca pagaram o mínimo da fatura, optando por sempre quitar o valor integral. Outra fatia dos entrevistados (21%) disse já ter pago o mínimo em algum momento, embora não tenham usado o rotativo há mais de um ano, 13% costumam recorrer ao financiamento da fatura e 2% pagam apenas o mínimo.