A viagem do vice-presidente Hamilton Mourão a Angola, onde foi escalado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para tentar intervir na crise da Igreja Universal no país.
Em levantamento prévio, o portal metrópoles já havia, através da Lei de Acesso à Informação (LAI), revelado que o governo federal havia gasto pelo menos R$ 1 milhão em dinheiro público para custear a viagem de Mourão.
Após pedido do deputado federal Marcelo Freixo ao Ministério das Relações Exteriores, foi esclarecido que só em diárias, a comitiva de Mourão gastou R$ 616,3 mil. A informação foi publicada na coluna do Guilherme Amado, também no portal Metrópoles.
A comitiva da vice-presidência voou para a capital angolana em aviões da FAB, enquanto um corpo de 21 servidores do Ministério das Relações Exteriores e de outras secretarias viajaram em voos particulares, o que custou R$ 609.159,00 aos cofres públicos.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) de Angola e o Serviço de Investigação Criminal, a polícia federal angolana, acusam integrantes da Iurd de crimes como lavagem de dinheiro, evasão de divisas e associação criminosa no país.
A intromissão do governo brasileiro na crise gerada pela Universal é vista como uma forma de Bolsonaro agradar o eleitorado evangélico ligado à igreja neopentecostal.