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‘NÃO PODIA DECEPCIONAR MEUS ALUNOS’, AFIRMA ALEXANDRE GARCIA

Redação - 27/09/2021 14:44

Alexandre Garcia, 80, se pronunciou na noite deste domingo (26) sobre a sua demissão da CNN Brasil. A emissora rescindiu o contrato na sexta (24) com o jornalista após ele reiterar a defesa do tratamento precoce contra a Covid-19 com o uso de medicamentos sem eficácia comprovada.

Em vídeo publicado no seu canal no YouTube, Garcia leu a nota da CNN sobre a sua demissão “para os que não se inteiraram do que aconteceu”. Ao final da leitura, olhou para a câmera, ficou em silêncio por alguns segundos e disse “pois é”.

Na sequência, Garcia afirmou que foi perguntado na sexta (26) sobre CPI da Covid, vacinação e tratamento, e que não podia “decepcionar àqueles que foram meus alunos ao longo de todos esses anos”.

“Se eu digo uma coisa, eu tenho que praticar. E eu tenho dito: pensem com a sua cabeça, não aluguem a sua cabeça, não deixem que seu cérebro seja abduzido, não permitam que professores façam uma lavagem cerebral em você, não permita que o medo dos seus colegas faça com que você se encolha”, disse.

“Você pode até me contrariar, é o normal. O que não é pode ser normal é que a pessoa seja um rebanho, acéfalo, sem pensamento”, completou. No vídeo, o jornalista, que era comentarista do quadro Liberdade de Opinião, do programa Novo Dia na CNN, não falou especificamente do tratamento precoce.

No início do vídeo, Garcia deu às boas-vindas aos “quase 200 mil novos seguidores” que ele afirma ter ganhado no seu canal no YouTube desde sexta (24), quando foi demitido –o canal tem no total 2,19 milhões de inscritos até a conclusão deste texto.

Ele também afirmou que receber um “limão é presente porque sai uma limonada”. “E o presente é o mais importante, porque constrói o futuro”.

“Sigamos presentes e juntos”, disse. Na sequência, ele relembrou o início da carreira e falou sobre outros assuntos como a CPI da Covid.

No fim, Garcia afirmou estava vestindo uma camisa que tem mais de 35 anos e um relógio que foi dado pelo seu pai e tem 50 anos.

“Será que isso é conservadorismo? E é bem simbólico: está novo, usa-se, está bonito. Meu avô era conservador e vivia pesquisando coisas novas. Então, é isso, não é ficar preso ao passado, é ter os valores do passado, a beleza do passado, a funcionalidade das coisas do passado e sempre buscar novidade, inovação, progresso”.

Foto: CNN Brasil

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