O vice-governador da Bahia e secretário estadual do Planejamento, João Leão (PP), garantiu em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia que a crise no mercado chinês não afetará a construção da ponte Salvador-Itaparica. Na semana passada, a Evergrande, que é uma empresa gigante do setor imobiliário chinês, informou que não conseguiria cumprir os pagamentos de juros da dívida.
O anúncio provocou uma derrubada das bolsas de valores pelo mundo, com receio de calote. “Não tem nada a ver (a crise do mercado chinês e da Evergrande) com as duas empresas que estão aqui (na Bahia). Absolutamente nada. Isso não tem nada a ver. Aqui nós já começamos (a ponte). Começamos com a sondagem da ponte”, garantiu Leão.
A ponte Salvador-Itaparica será erguida por um consórcio chinês formado pela CR20 (China Railway 20 Bureau Group Corporation) e pela CCCC (China Communications Construction). As empresas têm quatro anos para entregar o equipamento. Orçada em R$ 5,3 bilhões, a ponte terá recurso de R$ 3,8 bilhões dos empresários, já o governo baiano injetará R$ 1,5 bilhão. Quando concluída, a ponte será a segunda maior do Brasil, atrás apenas da Rio-Niterói.
O governo da Bahia tem dito que o pedágio da ponte custará entre R$ 22 e R$ 110, sendo R$ 44 para veículos de passeio em dias de semana. Segundo a gestão estadual, o valor é semelhante ao que se paga atualmente para atravessar um carro no atual sistema ferryboat – R$ 45,70 para veículos de passeio.
O vice-governador disse também que o governo estadual aguarda a liberação dos licenciamentos pela prefeitura de Salvador para iniciar a construção da ponte. Segundo ele, o pontapé para erguer o equipamento deve ocorrer entre final de novembro e início de dezembro. “Nós precisamos agora das autorizações da prefeitura de Salvador, que nós já demos entrada. A própria empresa deu entrada”, disse João Leão.
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