A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirmou que aumentos de impostos sobre o crédito, mesmo que temporários, agravam o custo dos empréstimos, particularmente em um momento em que o Banco Central (BC) precisará subir ainda mais a taxa básica de juros para conter a alta da inflação.
Segundo a entidade, o resultado é o desestímulo aos investimentos e mais custos para empresas e famílias que precisam de crédito. “Esse aumento do IOF é um fator que dificulta o processo de recuperação da economia. Para enfrentar as dificuldades fiscais, evitar impactos negativos no custo do crédito e propiciar a retomada consistente da economia, só há um caminho: perseverarmos na aprovação da agenda de reformas estruturais em tramitação no Congresso.”
Em relatório, o Goldman Sachs diz que a alta do IOF deve ter um impacto pequeno sobre a demanda por serviços financeiros. O banco aponta que, como o IOF é pago diretamente pelo cliente final (tomador), não espera que as instituições financeiras façam ajustes materiais nos preços de crédito.
“No entanto, este aumento temporário deve aumentar marginalmente o custo das operações de crédito, câmbio e negociação de valores mobiliários, que por sua vez podem prejudicar a demanda por esses serviços financeiros.” O Goldman Sachs cita um estudo do BC que afirma que os impostos respondem por 13% do custo do crédito, com o IOF respondendo por 2%. (Valor)
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil