Os constantes ataques do presidente Jair Bolsonaro às instituições democráticas foi uma das pautas da reunião entre governadores que ocorreu nesta sexta-feira (23). Os gestores reforçaram as críticas ao atual governo.
Nas redes sociais, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), fez um balanço do encontro e reforçou a necessidade de que autoridades se posicionem contra as agressões do presidente “à democracia, ao meio ambiente e à economia”.
“Democracia não é apenas a oportunidade da eleição de um governo, é também a necessidade de que os governantes eleitos saibam conviver com a contestação”, afirmou. “Infelizmente, o atual presidente parece não saber disso”, publicou.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), afirmou haver uma “preocupação geral” na reunião com as agressões e conflitos em série que ocorrem no Brasil nas últimas semanas. O consenso, para os governadores, foi a defesa da gestão democrática. “A democracia deve prevalecer e as polícias não serão usadas em golpes”.
Já o governador de São Paulo, João Doria, um dos opositores de mais destaque ultimamente, também se manifestou nas redes sociais e pediu para o governo federal “parar de sabotar” o Brasil. “O resultado dessa gestão está aí: inflação nas alturas, disparada do desemprego, aumento no preço dos alimentos e combustíveis, crescimento da miséria, desconfiança internacional e irresponsabilidade fiscal”, afirmou. “O Brasil não merece isso”, emendou.
Ações climáticas
Além do debate sobre os ataques às instituições, estava na pauta do encontro a criação de um consórcio único de Estados, com fundo único, para propor ações climáticas. No entanto, diante dos últimos ataques do presidente Bolsonaro contra as instituições, Doria e o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), propuseram a reunião. Dos 27 governadores, só não compareceram ou enviaram representantes o governador do Tocantins, Mauro Carlesse (PSL) e o do Amazonas, Wilson Lima (PSC).
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