O consumo em restaurantes, bares, lanchonetes e padarias da Bahia teve queda de 35,7% em junho, enquanto a média nacional foi de -27,5%, é o que apontam os índices divulgados pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), em parceria com a Alelo, bandeira especializada em benefícios, incentivos e gestão de despesas corporativas. Além disso, os dados, calculados a partir da comparação com o mesmo período de 2019, revelam que os supermercados também estão sofrendo com as medidas de restrição, registrando redução de 2,1% no valor gasto.
Os Índices de Consumo em Restaurantes (ICR) mostram ainda retração de 47,1% na quantidade de vendas, impacto menor que o observado no mês anterior (-48,9%). Somado a isso, o número de estabelecimentos comerciais que efetivaram transações também registrou queda (-19,9%), quando comparado ao mesmo mês de 2019.
“Notamos uma pequena melhora nas vendas dos restaurantes da Bahia em junho, uma vez que em maio de 2021, quando comparado ao mesmo período de 2019, foi registrada uma queda maior no volume de transações (-48,9%)”, destaca Cesario Nakamura, presidente da Alelo. “Os números podem trazer a esperança de meses com maior flexibilidade no futuro”, acrescenta.
Adotando como parâmetro o valor gasto em restaurantes, é possível evidenciar que as regiões mais impactadas em junho foram: Centro-Oeste (-32,1%) e Nordeste (-29,6%), ao passo que as menos afetadas foram as regiões Sul (-27,9%), Sudeste (-27,1%) e Norte (-26,2%). Em relação aos Índices de Consumo em Supermercados (ICS), os dados de junho indicam que o segmento encerrou o período com queda de 11,1% na quantidade de vendas, tendo como base o mesmo período de 2019. Em contraponto, o número de estabelecimentos que realizaram pelo menos uma venda subiu 4,3%.
Vale destacar que os Índices de Consumo em Supermercados (ICS) acompanham as transações realizadas em estabelecimentos como supermercados, quitandas, mercearias, hortifrútis, sacolões, entre outros; e os Índices de Consumo em Restaurantes (ICR) apontam a evolução do consumo de refeições prontas em estabelecimentos como restaurantes, bares, lanchonetes, padarias, além de serviços de entrega (delivery) e retirada em balcão/para viagem (pick-up). Ambos são calculados com base nas operações realizadas a partir da utilização dos cartões Alelo Alimentação e Alelo Refeição, em todo território nacional. Além disso, é importante assinalar que a escolha do ano de 2019 para o cálculo dos impactos do consumo se dá pelo fato de que esse ano foi a última referência completa de um período dentro da normalidade da atividade econômica, que ocorreu antes da pandemia.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil