Para tentar anular o efeito negativo do retorno das coligações proporcionais, a Câmara Federal pode analisar nesta quinta-feira, 12, um projeto de lei que possibilita a reunião de dois ou mais partidos em uma federação, o que os obrigaria a atuar de forma conjunta durante quatro anos no parlamento.
Além de dificultar a formação de alianças e a governabilidade, o sistema das coligações dispersa votos e reforça a existência de siglas sem consistência programática, os chamados partidos de aluguel.
Com a federação, as legendas estariam vinculadas não somente nas eleições, mas também durante os mandatos. As siglas atuariam como uma agremiação única no parlamento, mas com a preservação de sua identidade e autonomia de militância política.
Já aprovada pelo Senado em 2015, a proposta passaria a valer para as próximas eleições caso obtenha o apoio dos deputados.
Atualmente, o Brasil tem 33 partidos inscritos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com o fim das coligações, a estimativa era de que aproximadamente 12 siglas sobreviveriam depois das eleições de 2022.