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BELLINTANI RECONHECE QUE HÁ DÉBITOS COM OS JOGADORES E DIZ QUE FAZENDÃO SERÁ VENDIDO, MAS VALOR É CONSIDERADO ABAIXO DO MERCADO

Redação - 09/08/2021 17:00 - Atualizado 09/08/2021

O presidente do  Esporte Clube Bahia, Guilherme Bellintani, afirmou, em contato com o portal Bahia Econômica, que há, efetivamente, um débito relacionado com o pagamento dos salários dos jogadores do time, conforme levantado anteriormente. (aqui)

“Há um débito relativo a 2020, ano do início da pandemia, numa situação já previamente pactuada e acordado desde então com os atletas daquela época”, disse Bellintani. Segundo apurou o portal, esses débitos estariam relacionados com o parcelamento do 13º salário, com direitos de imagem e outros aspectos. Em relação à folha de pagamento do clube ter atingido o montante de R$ 5 milhões, o presidente disse que esse montante é menor, mas afirmou, sem maiores explicações, que o clube não divulga o valor da folha.

Em relação a preço baixo de venda do Fazendão, antigo centro de treinamento do Bahia, Bellintani disse que até o momento o que existe é uma proposta da construtora MRV no valor de R$ 22 milhões e que, caso não surja alguma outra melhor, a tendência é que o negócio seja concretizado. Segundo ele, o clube segue em busca da melhor proposta possível, inclusive solicitou ajuda da Ademi na última semana. “Se realmente está baixo, seria uma ótima chance para alguém cobrir. Mas segue sem acontecer isso. Na verdade, o que existe de maneira concreta são avaliações oficiais, sem achismo, que dão subsídio para a proposta atual”, disse o presidente do clube.

Segundo o clube informou, foram contratados peritos para fazer a avaliação e que a oferta da MRV estaria de acordo com essas avaliações, embora especialistas discordem desse  suposto leilão.  Belintani já reconheceu que tem pressa em fazer o negócio e que o valor da venda seria para pagamento das dívidas trabalhistas do clube.

Especialista ouvido pelo Bahia Econômica, afirma que pelo preço de R$ 22 milhões o terreno, que tem uma área superficial de 125.463 m² e  área anexa, 3.200,50 m 2,  estaria sendo vendido pelo limite mais baixo da avaliação e que o limite mais alto seria da ordem de R$ 30 milhões ou mais. Além disso, o pagamento proposto pela MRV seria feito em 18 parcelas de cerca de R$ 489 mil e mais 12 no valor de R$ 1,1 milhão, o que a depender das condições do contrato e das formas de correção das parcelas seria um péssimo negócio para o Bahia e um grande negócio para a MRV.

No mercado imobiliário essa ideia de divulgar um preço oferecido por um concorrente na esperança de aparecer alguém que faça uma proposta melhor é visto como pouco profissional já que, pelo tamanho do terreno e pela localização, a venda teria de ser preparada e apresentada a possíveis interessados.  Além disso, a venda do terreno nesse momento de pós-pandemia, em que o mercado está muito mais vendedor do que comprador, poderia prejudicar a realização de um negócio  por um preço mais elevado.

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