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VACINADOS SÃO QUASE 4% DE MORTOS POR COVID NO BRASIL

Redação - 09/08/2021 10:30 - Atualizado 09/08/2021

Das mortes ocorridas entre 28 de fevereiro, quando as primeiras pessoas concluíram a janela de imunização, e 27 de julho, apenas 3,68% do total de mortes por Covid-19 no Brasil foram de pessoas vacinadas. O levantamento foi feito através de uma pesquisa do Info Tracker, plataforma de monitoramento da pandemia das universidades estaduais USP e Unesp com dados do Ministério da Saúde. As informações são do UOL.

Com o alto no número de mortes por Covid-19 no Brasil durante esse período, os 3,68% de completamente vacinados mortos pela doença equivalem a 9.878 pessoas. No entanto, mesmo com as mortes, as vacinas tem se mostrado eficaz para previnir internações e óbitos no Brasil, sendo a melhor forma de controlar a doença.

De acordo com o levantamento do Info Tracker, outras 28.660 pessoas completamente vacinadas foram internadas, o que representa 3% do mais de uma milhão de casos registrados no país no período.

É considerada uma pessoa completamente vacinada aqueles que tomaram as duas doses das vacinas CoronaVac, Oxford/Astrazeneca e Pfizer/BioNtech, ou aqueles que recebem dose única da Janssen. Os quatro imunizantes são os utilizados no Brasil. Além disso, os pesquisadores também consideraram um intervalo de tempo para efetivação de uma resposta imune.

“Para respeitar o tempo que o corpo precisa para desenvolver anticorpos após as duas doses ou dose única, nosso cálculo contabilizou as internações e óbitos ocorridos após 18 dias da segunda dose: 15 dias depois da aplicação e mais três para o surgimento dos sintomas”, afirmou ao UOL Wallace Casaca, um dos coordenadores da plataforma.

Das quase 10 mil mortes ocorridas no Brasil entre o público completamente vacinado, os idosos com mais 70 anos foram as principais vítimas, correspondendo a 8.734 óbitos. O número pode ser explicado pela menor resposta imune gerada por esse público e pela maior quantidade de dados disponíveis, já que foram a primeira faixa etária a ser imunizada.

“Além de os idosos produzirem menos anticorpos, eles são menos potentes”, diz. “Some-se a isso as doenças de base. Idosos costumam ter problemas de coração, pulmão, diabete, alterações intestinais e no rim, às vezes tumores. Isso tudo reduz a imunidade”, explicou o infectologista Marco Antonio Cyrillo.

O especialista também reforçou que mesmo entre aqueles completamente vacinados, existe a necessidade da manutenção dos protocolos de distanciamento social e uso de máscaras.

“Nenhuma sociedade médica lançou documento dizendo que após a segunda dose pode-se abrir mão dessas proteções individuais. Temos de continuar seguindo as recomendações, independentemente da idade, mas principalmente entre os idosos… A vacinação ainda é a melhor forma de controlar a doença e evitar mortes”, disse.

 

 

 

 

Foto: Nara Gentil/Arquivo Correio

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